Guia Rápido de Orientação

História

A Orientação é um desporto recente em Portugal, mas tem já mais de 100 anos de existência enquanto desporto organizado. A primeira actividade de Orientação desportiva foi organizada em 1897, em Bergen – Noruega. Por cá, o início da Orientação remonta a 1973, quando em Mafra foi organizado o primeiro Campeonato das Forças Armadas. Em 1990, surgiu a Federação Portuguesa de Orientação, órgão máximo Nacional da modalidade sendo responsável pela organização dos calendários competitivos, Seleções Nacionais, formação, entre outras iniciativas.

Por cá, o início da Orientação remonta a 1973, quando em Mafra foi organizado o primeiro Campeonato das Forças Armadas. Em 1990, surgiu a Federação Portuguesa de Orientação, órgão máximo Nacional da modalidade sendo responsável pela organização dos calendários competitivos, Seleções Nacionais, formação, entre outras iniciativas.

Como Participar

Antes da prova cada participante recolhe o seu chip electrónico no Secretariado. Este chip regista a passagem nos pontos de controlo, afim de comprovar e registar a hora de passagem.

Na partida, cada participante recebe um mapa (de São Jacinto) onde está desenhado um percurso e estão marcados pequenos círculos de cor magenta, que correspondem aos pontos de controlo, materializados no terreno pelas “balizas” (prismas de cores laranja e branca) e por uma estação electrónica.

O tempo de prova conta desde quando o participante pega no mapa e termina quando alcança a chegada (Finish). Pelo caminho, tem de encontrar todos os pontos de controlo assinalados no mapa, pela ordem indicada. A alteração da ordem de passagem nos pontos de controlo ou a falta de um ou mais pontos leva à desqualificação.

As partidas são realizadas de forma intervalada (tipo contrarrelógio). No final o participante (ou grupo) com menor tempo de prova é considerado o vencedor.

Na chegada os participantes irão fazer o download do chip para um computador. Este procedimento verifica e confirma se o percurso foi realizado pela ordem correta, sem faltar nenhum ponto de controlo, e quanto tempo de prova realizou o participante ou o grupo.

O único instrumento permitido de auxílio à navegação é a bússola, mas não é essencial. É possível realizar um percurso de Orientação sem utilizar uma bússola. Tudo depende da experiência do participante e da dificuldade do desafio apresentado. Em São Jacinto, tendo em conta o tipo de mapa e terreno, será fácil realizar o percurso sem a ajuda da bússola.

O Mapa de Orientação

A ferramenta imprescindível para realizar um percurso de Orientação é o mapa. Estes mapas são específicos para a modalidade e são uma representação em papel da zona onde o percurso vai decorrer.

Os mapas de Orientação são muito precisos e detalhados, sendo desenhados numa escala que permite cartografar muitos detalhes tais como pedras com 1 metro de altura, zonas de vegetação de densidade diferente, muros, caminhos, casas, etc. Em suma, tudo o que é relevante para a navegação do praticante está assinalado no mapa. A escala do mapa de São Jacinto é de 1:4 000. Isso significa que 1 cm no papel equivale a 40 metros no terreno.

Tabela de Sinalética

Em cada mapa e percurso existe uma tabela de sinalética associada onde é dada informação muito importante.

A sinalética é apresentada a magenta ou preto e nela podemos encontrar a distância, desnível, o número de ordem de cada pontos e o respectivo código numérico, bem como descrição por símbolos da localização do elemento onde está a baliza desse ponto de controlo.

Na área de prova pode haver mais pontos de controlo do que aqueles por onde o nosso percurso passa. Para ter a certeza que está no ponto correto, o código da segunda coluna da sinalética tem de ser igual ao código que encontrará na baliza. Por exemplo: quando chegar ao ponto 3, deve encontrar o número 38. Já no ponto 7, o número será o 36.

Numa primeira fase não é relevante saber interpretar os símbolos da sinalética. Apenas confira que está no ponto correto, confirmando que o código da sinalética corresponde ao número da baliza.

Cores do Mapa

Os mapas de Orientação têm muitas cores diferentes, sendo que cada cor corresponde a um tipo de informação.

As curvas de nível, linhas castanhas que percorrem todos os mapas, são o elemento mais difícil de interpretar, sendo responsáveis por fazer uma representação do relevo do terreno. São muito utilizadas por atletas mais experientes, mas nestes percursos em São Jacinto a sua interpretação não é necessária. Além disso, São Jacinto é muito plana, sendo até difícil encontrar uma curva de nível no mapa.

As cores branca, verde e amarela estão relacionadas com a presença e ausência de vegetação. Zonas sem cor (cor branca) são áreas de floresta limpa (sem mato). Se num mapa existir uma zona com a cor verde é sinal que existe vegetação. Quanto mais forte for o tom de verde, mais complicado é transpô-lo. A cor amarela simboliza zonas com ausência de árvores. Estas zonas são, na generalidade, zonas de boa progressão (relvados, zonas sem árvores, etc).

Percurso Exemplo

Existe ainda um tom especial de verde, apelidado de verde azeitona, que assinala zonas privadas (quintais, jardins floridos, propriedades privadas, etc). É proibido transpor zonas assinaladas com este verde.

O preto pode representar elementos rochosos (como pedras e falésias) ou construções relacionadas com o Homem (como caminhos e casas). Uma casa/edifício é assinalado com uma linha de contorno preta e um enchimento a cinzento.

O percurso de Orientação é assinalado no mapa com a cor magenta. Como referido anteriormente, cada ponto de controlo tem um código numérico, sendo responsabilidade do participante confirmar que está no código correto.

Símbolos no Mapa

Os símbolos presentes nos mapas de Orientação são universais, sendo idênticos em todo o planeta.

Desta forma, todos os participantes numa prova de Orientação, seja qual for o seu país de origem “percebem a mesma linguagem” do mapa, independentemente do local onde o evento é geograficamente realizado.

As regras para a cartografia destes mapas são especificadas e definidas pela Federação Internacional de Orientação.